quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

LANÇAMENTO !!! AS CONSOLAÇÕES DA FILOSOFIA ESPÍRITA !!!!

O QUE A FILOSOFIA ESTOICA TEM DE ASPECTOS CONVERGENTES COM A FILOSOFIA ESPÍRITA? COMO NOS CONSOLAR EM ÉPOCA DE PANDEMIA ? QUAIS AS RESPOSTAS DA ESCOLA ESTOICA E DA FILOSOFIA DOS ESPÍRITOS ? DESCUBRA EM NOSSO LIVRO !! ADQUIRA JÁ O SEU ATRAVÉS DO SITE WWW.FILOSOFIAESPIRITA.ORG OU DO WWW.FACEBOOK.COM/CEFEORG

quinta-feira, 24 de setembro de 2020

O VALOR DA VIDA

 


Valorizar a vida, não obstante as dores, as dificuldades, os desafios da existência. Enfrentar com coragem e força de ânimo os problemas que a vida nos coloca, confiando no amparo de Deus e no auxílio dos Espíritos protetores.

Conta uma lenda, que pais chorosos pediram a Deus que lhes restituíssem o filho morto. Deus, então, mandou que buscassem em toda a Terra alguém que nunca tivesse sofrido uma perda, então ele atenderia ao pedido.  

Esse sentimento, a “perda”, pode ser sentido em todos os momentos de transição e mudanças em nossas vidas. Mudança de trabalho profissional sem ter tido a expectativa de deixá-lo, ou seja, demissões sem justa causa, mudança de local de residência sem ter planejado, um namoro ou uma relação amorosa rompidos, a morte de um familiar, a morte de um amigo ou amiga, mudanças políticas no país que podem gerar problemas em nossas vidas, perdas materiais por eventos de calamidade pública.

Apenas alguns exemplos, em meio a tantos que podem gerar tristeza, desânimo, depressão.

Por outro lado, os Espíritos protetores que atuaram na Codificação com Allan Kardec afirmaram que “não há felicidade sobre a Terra”. Felicidade, porém, não da forma como interpretamos, pois para nós, seres humanos de um plano moral de provas e expiações, a felicidade é a satisfação de nossos desejos materiais, de nossas vontades e caprichos.

E hoje, quando os comerciais de TV e de redes sociais nos estimulam a um padrão de vida que está além de nossas capacidades, sempre na ânsia de obter mais, em detrimento de ser melhor do que se foi anteriormente, e em comparação com outras pessoas, o sentimento de frustração cresce e traz em seu bojo a infelicidade e a desvalia da vida que se tem.

Essa é uma visão pequena e estreita da Vida que Deus nos concedeu para que pudéssemos, em nova oportunidade reencarnatória, realizar projetos de Vida, saldar compromissos, usufruir de momentos felizes com a família e amigos. Porque a vida é feita de MOMENTOS FELIZES.

Mas vejamos na Codificação e nos autores sérios que respaldam a Codificação, os motivos pelos quais as pessoas buscam pôr um termo em suas vidas, já que estamos, no momento desta palestra no mês de setembro, que lembra as ações contra o suicídio.  

Em O Livro dos Espíritos, Livro IV – Capítulo 1, Desgosto pela Vida – Suicídio, os Espíritos Superiores respondem a Allan Kardec que o desgosto pela vida, que se apodera de alguns indivíduos, sem motivos plausíveis, deve-se à ociosidade, à falta de fé, e geralmente da saciedade.

Dizem os Espíritos: “Para aqueles que exercem as suas faculdades com um fim útil e segundo as suas aptidões naturais, o trabalho nada tem de árido e a vida se escoa mais rapidamente; suportam as suas vicissitudes com tanto mais paciência e resignação, quanto mais agem tendo em vista a felicidade mais sólida e mais durável que os espera.”

Na questão seguinte, de no. 944, Allan Kardec pergunta aos Espíritos Superiores se o ser humano tem o direito de dispor da própria vida, a que os Espíritos respondem: “Não, somente Deus tem esse direito. O suicídio voluntário ou autocídio, é uma transgressão dessa lei.”

Quando Kardec questiona se o suicídio não é sempre voluntário, os Espíritos acrescentam: “O transtornado mental que se mata não sabe o que faz”.

Essa loucura a que os Espíritos se referem pode ter várias origens: questões de ordem obsessiva seja psiquiátrica e/ou espiritual, geradas nesta existência ou oriundas de vidas anteriores.

Ao ímpeto de ceifar a própria existência tendo como causa o desgosto pela vida, os Espíritos Superiores são enérgicos ao afirmar que o trabalho pode preencher o vazio existencial.

E é neste ponto que enfatizo as centenas de ONGs que atuam efetivamente na preservação da vida humana e do meio ambiente, com destaque a Fraternidade Sem Fronteiras, os Médicos SF, SOS Mata Atlântica, Greenpeace Brasil, WWF Brasil, Mata Ciliar, mas também os trabalhos voltados a exilados de outros países e os sem teto em nossa cidade.

Ao trabalharmos a favor da vida do próximo, sua dignidade, o nosso coração se repleta de bem estar.

À pergunta de Allan Kardec, sobre o que dizer acerca daquelas pessoas que querem escapar às misérias e decepções deste mundo, os Espíritos Superiores respondem que Deus ajuda aos que sofrem, que felizes são aqueles que as suportam sem se queixar, porque serão recompensados.

Isso também vale para a Eutanásia. Allan Kardec abordou esse tema em O Livro dos Espíritos, e os Espíritos respondem categoricamente que a ciência poderá trazer lenitivos e até um socorro inesperado no derradeiro momento.

O Espiritismo admite a Ortotanásia, que consiste em aliviar o sofrimento de um doente terminal através da suspensão de tratamentos que prolongam a vida mas não curam nem melhoram a enfermidade. Etimologicamente, a palavra "ortotanásia" significa "morte correta", onde orto = certo e thanatos = morte.

Diferente de Distanásia, que prolonga a vida de um paciente terminal mesmo que não haja mais condições de retorno à saúde.  

Em qualquer circunstância, ou situação a Vida é preciosa, ela nos foi concedida por Deus, como uma grande oportunidade, para buscarmos a nossa realização pessoal, para vivermos num país belíssimo como é o Brasil, não obstante as questões sócio-políticas, isso não importa, o que importa é o que possamos fazer para vivermos bem conosco  e com os outros.

E o que dizer do abuso das paixões? Dizem os Espíritos Superiores que se trata de um suicídio moral. Há neste caso esquecimento de si como criatura de Deus, e do próprio Deus.

Em o livro O Céu e o Inferno, Allan Kardec entrevista várias Espíritos desencarnados em circunstâncias dolorosas, inclusive suicídio voluntário, em diversas circunstâncias. A literatura mundial consagrou o suicídio de homens e mulheres em nome do amor, como Shakespeare em Romeu e Julieta, e Léon Tolstoi em Anna Karenina. Este último, veio a comunicar-se com a médium brasileira Yvonne do Amaral Pereira, e relatou que seu livro, publicado em 1877, serviu de estímulo a inúmeros suicídios de mulheres em seu tempo. Tolstoi voltava assim, à Terra, na condição de Espírito comprometido a cumprir com o compromisso de valorizar a vida alheia, através de trabalhos de psicografia com a médium brasileira. Há vários livros dessa rica parceria, publicados pela FEB-Federação Espírita Brasileira.

No Capítulo II de O Livro dos Espíritos, estes abordam a filosofia existencialista em seu ramo ateu, quando os Espíritos Superiores afirmam categoricamente que o Nada não existe.

O Nada foi tema de obras de filósofos da categoria de Friedrich Nietzsche, Jean Paul Sartre, os atuais franceses Luc Ferry e André  Comte-Sponville e o inglês Alain de Botton.

Como que antevendo as circunstâncias que abalariam as crenças humanas nas religiões, principalmente na Europa, desestabilizada e desestruturada durante séculos pelas ações de religiosos equivocados e imersos na sanha pelo poder a todo custo, o Espiritismo surge na aurora do século 20, poucos anos antes de duas grandes e devastadoras guerras mundiais que abalariam o espírito de crença e devoção a Deus.

Quando Nietzsche diz, através de seu personagem no livro de sua autoria Assim Falou Zaratustra, que “Deus está morto”, ele nada mais faz do que demonstrar a profunda,  oculta e desesperada necessidade que tem de crer no Criador que ele houvera conhecido através de sua rígida educação religiosa protestante.

A Filosofia Espírita foi a precursora de momentos de grandes tragédias individuais e coletivas, como a dar um sinal de esperança e consolo a toda a humanidade dos séculos 20 e 21.

Quanto a Consolo, aquele que nos auxilia a valorar a nossa existência, este é um tema que filósofos da Antiguidade Clássica chamaram a si, principalmente da escola estoica romana, como Sêneca, Epiteto, Marco Aurélio, e Boécio.

Todos viveram vidas desafiadoras, e tiveram final trágico, mas souberam enfrentar a dor e o sofrimento com coragem.

A expressão “coragem estoica” vem dessa escola filosófica, que além de outros tópicos não menos importantes, destaca o desprezo pela amargura, pela consternação, pelo penar e sofrer.

A Filosofia Espírita vem nessa tangente, mas, modifica o conceito da dor e do sofrimento, dando-lhe um significado terapêutico e educativo.

Mesmo agora diante de tantos pesares oriundos da pandemia do coronavírus-COVID 19.

A Filosofia Espírita engrandece as provas e desafios da existência, que colocam o ser humano num patamar de evolução moral mais abrangente.

Léon Denis, escreveu um livro, “O Problema do Ser, do Destino e da Dor”, onde desenvolveu seu pensamento sobre o significado da Dor para a evolução humana. O Espírito Emmanuel abordou esse tema em quase toda a sua obra.

E já que estamos falando em livros, eu indico o livro de minha autoria, “As Consolações da Filosofia Espírita- O Consolo do Conhecimento para uma época em transição”, por enquanto disponibilizado gratuitamente no nosso portal de estudos, EM BREVE será publicado em formado de livro pela Solidum Editora.

Eu também fiz uma Live para o Centro Espírita Nosso Lar Casas André Luiz, que está no www.facebook.com/centroespiritanossolar , disponível para todos.

O Valor da Vida caminha juntamente com aceitação, entendimento, compreensão, e esperança, muita esperança na Vida e muita confiança em Deus, nas suas Leis Divinas, nos Espíritos protetores que estão ao nosso lado.   

Sonia Theodoro da Silva, filósofa e escritora

 

BIBLIOGRAFIA:

O Livro dos Espíritos, Allan Kardec

As Consolações da Filosofia Espírita – O Consolo do Conhecimento para uma época em Transição, Sonia Theodoro da Silva

sábado, 28 de março de 2015

A CRISE DE SENTIDO NO SÉCULO XXI



(Trabalho Acadêmico para a disciplina  de Ética Contemporânea)
Autora: Sonia Theodoro da Silva
Desde inícios do século XX, com o advento das escolas existencialistas motivado pela revolução industrial na sequência das guerras de independência dos EUA bem como a Revolução Francesa no século XVIII, e as duas grandes guerras mundiais de 1914 e 1939, a Europa entra no período do vazio existencial, que se amplia em nossos dias em direção à pós-modernidade ou modernidade líquida, como quer Zygmunt Baumann.

No campo religioso, a principal religião cristã, com seus quase 2 bilhões e meio de seguidores, também vive a sua mais grave crise institucional, com grande parte de seu clero preso a um sistema arcaico e imutável, quando não portador de comportamento desviante dos objetivos evangélicos, embora os esforços do Concílio Vaticano II, de seus Papas liberais, como o atual Papa Francisco, pastor de almas acima de qualquer suspeita de burocracia clerical.

Os centros de educação mundiais mas principalmente no Brasil, também vivem suas crises, com seus sistemas educacionais inócuos que informam mas não educam, no vero sentido da Educação.
Por sua vez, as artes concentradas na representação do vazio ou, como no caso do cinema, trabalham a distopia e a fantasia de heróis míticos fantasiados de super-heróis tão irreais quanto a violência que carregam consigo, numa proposta de reação catártica a um público sem senso crítico.

Em Seminário de São Paulo, em 1994 (Gonçalves & Iunskovski, 2011), discutiu-se a crise das produtoras de sentido no mundo, como as já citadas acima bem como as focadas na mídia e outros centros de poder. Entre todos os debatedores, José Guilherme Magnani mostrou em pesquisa que na cidade de São Paulo havia uma rede de trocas de sentido, que a magia continuava vigente nos sistemas simbólicos que ofereciam alternativas de sentido.
Hoje, com pouca diferença, já que a religião católica teve um boom de frequentadores e adeptos principalmente no Brasil após a Jornada para a Juventude com a presença do Papa Francisco no Rio de Janeiro em 2013, essa “magia” se desloca para os cultos  religiosos, na busca incessante pela comunhão com o sagrado, visto que a vida profana ou temporal continua repleta de desafios, violência, crises existenciais, políticas e sociais.

As chamadas seitas portadoras de teologia da prosperidade buscam preencher o vácuo de realizações profissionais e o desemprego com a promessa de que Deus poderá abrir caminhos aos seguidores desde que se engajem nas propostas “comerciais” dessa teologia.
Nesse contexto, a ética, pouco desenvolvida pela mídia patrocinada por produtos que visam alcançar vendas astronomicas, por isso a exploração de temas ditos polêmicos em busca dessa audiência, bem como os escândalos políticos vigentes em nosso país, praticamente inexiste, foi obscurecida pela onda de descrença e de falta de objetividade. Todos sofrem as consequências dos escândalos patrocinados pela corrupção antiga e atual, todos exprimem esse sentimento de “estar farto de alguma coisa”, desde o desmatamento inequívoco e diário da Amazonia, até a avassaladora ganância de políticos frente ao herário público.

A crise institucional como um todo reflete a crise existencial na qual hoje o indivíduo se coloca, como um ser que nada espera já que a ética deixou de pautar, em sua maior parte, o comportamento dos produtores de sentido, e a moral deixou de regular o comportamento do sujeito dela portador. 
De tal forma a crise ética enfrenta um vazio condutor e norteador no dizer de Kant, que não houve questionamentos quanto ao comportamento de total ausência de ética e moral do jornal Charlie Ebdo que se achava – e acha – portador do facho da Liberdade, como se ela, a liberdade para ser válida devesse exprimir a total ausência de ética no trato com as religiões, extremistas  ou não, no trato para com a mulher, bem como as instituições que formam a nossa  sociedade. Poucos reconheceram o fundamentalismo da pseudo-liberdade preconizada pelo dito jornal que tornou-se vítima de seu próprio extremismo, esquecendo-se que liberdade é fundamental, desde que vivida e pregada com ética.

Segundo Marcondes (Marcondes, 2007), em Kant a razão prática pressupõe uma crença em Deus, na liberdade e na imortalidade da alma, que funcionam “como ideais ou princípios regulativos. A crença em Deus é o que possibilita o supremo bem, recompensar a virtude com a felicidade. A imortalidade da alma é necessária, já que neste mundo virtude e felicidade não coincidem, e a liberdade é um pressuposto do imperativo categórico, libertando-nos de nossas inclinações e desejos, uma vez que o dever supõe o poder fazer algo.”

Em A República, Platão revela que o que está em jogo na alegoria da caverna é a liberdade das correntes da ignorância e da ausência de comportamentos não indutores do marasmo moral.
Hoje como ontem, torna-se necessário ao sujeito analisar profundamente a sua época, e buscar alternativas de vivência ética e moral, em todos os setores da vida, nas instituições que caracterizam a nossa sociedade, bem como no comportamento que norteia as nossas relações na família e na sociedade como um todo.
Estamos em época de transição de uma sociedade desprovida de motivações éticas para uma sociedade onde o respeito à Vida, sob qualquer forma manifestada possa preencher o vazio que ora ocupa a vida de relação. Sem isso continuaremos ampliando a era do vazio instalada há mais de um século e que se perpetua até os nossos dias, e alcança a nossa vida de relação social bem como familiar. 

Fontes:
Modernidade Líquida, Zygmunt Baumann, ed Zahar, 2000.
L’Osservatore Romano, janeiro, 2015.
LD Experiência do Sagrado e Religião, U V, 2011.
Iniciação à História da Filosofia, Danilo Marcondes, ed. Zahar, 2007.
Ética Clássica, LD U V, 2008.
Ética Moderna, LD U V, 2011.

Pensamento Ético Contemporâneo, Jacqueline Russ, ed.Paulus, 2011

quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

TEMPO...


Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial. Industrializou a esperança fazendo-a funcionar no limite da exaustão. Doze meses dão pra qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos. Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez com outro número e outra vontade de acreditar que daqui para adiante vai ser diferente... 

Para você, desejo o sonho realizado. O amor esperado. A esperança renovada.

Para você, desejo todas as cores desta vida. Todas as alegrias que puder sorrir. Todas as músicas que puder emocionar.

Para você neste Ano Novo, desejo que os amigos sejam mais cúmplices, que sua família seja mais unida, que sua vida seja mais bem vivida.

Gostaria de lhe desejar tantas coisas, mas nada seria suficiente...

Então ,desejo apenas que você tenha muitos desejos, desejos grandes e que eles possam te mover a cada minuto ao rumo da sua Felicidade!!!
(Carlos Drummond de Andrade)

Que Deus abençoe os dias que virão, que sejam plenos de Paz e prósperos de Esperança e de Realizações!

 Sonia Theodoro da Silva - dezembro 2014

segunda-feira, 23 de junho de 2014

O MEU (AMADO) PAÍS




 Coração do mundo ... pátria do Evangelho ... Há quem veja privilégios nestas palavras... muitos julgaram ou julgam que o Brasil é a nova terra prometida e que nós, brasileiros, o povo escolhido para abrigar os novos tempos.  Na verdade fomos todos reunidos, por afinidade, trânsfugas morais, delinquentes da ética, portadores de emoções desvirtuadas, de todos os tempos, de todos os lugares da Terra, de todas as crenças e filosofias, de todas as posições sociais, de todas as sociedades, de todas as culturas, em um só lugar...     

Brasil... de costas imensas, de largas e extensas praias, de selvas verdes e matas densas, de  mares verdes e de aves multi coloridas, de felinos belos e serenos; do boto que se confunde com o rapaz bonito da lenda criança; da pantera, da onça, do tucano e do papagaio; do mico leão dourado e das borboletas azuis... do cãozinho amigo e do gato ladino; das árvores que encantam, que ensombram, que fazem a chuva chover... das noites enluaradas e das estrelas sem fim... do calor que assusta e do frio que faz sofrer...

Visto do alto, o meu Brasil se confunde com outras terras e outros mares tão azuis e tão extensos que minha vista mal alcança...o meu Brasil de terras imensas, de águas ocultas, de rios largos e imensos, de peixes tão grandes quanto pequenos. Visto do alto, meu Brasil me comove - quem é você, Brasil? De quais lugares você veio e onde você está? Quem te construiu, quem sustenta a tua integridade?

Do alto do mais alto pico do Brasil eu poderia estender meus braços e abraçar o meu país, e torná-lo pequeno, e afagá-lo como a uma criança, como a um filho querido que geme e se contorce em suas dores, dores tão grandes que saem às ruas, que se revolta, que chora e se espreme em veículos que o conduzem à busca do trabalho distante, ou do divertimento imposto e bancado pelos novos colonizadores de ideias.

Quem é você, meu Brasil que, personificado em milhões de olhares úmidos de pranto por seus filhos perdidos pela bala “perdida”... quem é você, meu Brasil querido que, personificado em milhares de crianças e jovens que, na escola, mal sabem ler e escrever uns, ou que se perdem nos desequilíbrios da busca desenfreada do prazer que, logo trazendo o vazio,  sai e sai novamente sem rumo, sem destino...quem é você, meu Brasil, cujo olhar suplicante busca nos altares frios e distantes a resposta para o seu desencanto...
Quem é você, meu Brasil de milhões de esperanças e de outro tanto de almas enfermas da alma; quem é você meu Brasil que busca num simples jogo de bola a alegria distante...

Porque, meu Brasil, tantos te tratam assim? Porque de tuas matas mortas, de teus animais em extinção, de tua água que seca, tamanha a poluição... E eu afago o meu país pequeno em meus grandes braços, e tal como o profeta, levanto o meu país à vista d’Aquele que o criou, à vista daquele que é maior do que eu mesma, do que todos, e que esteve entre nós nos ensinando a caminhar,  o entrego nos Seus braços, e peço, e oro, pelo meu Brasil, para que possa andar com suas pernas vacilantes, que possa sorrir de vera alegria, que possa ver em torno de si a grande promessa de paz, que possa abraçar e ser abraçado, amar e ser amado, sem medo, sem raiva, porque crescido, adulto, educado, maduro e irmão.              

Que o meu Brasil possa sair de madrugada, e seguir para o seu trabalho compensador, e encontrar a rota certa, a segurança, a realização. 

Que o meu Brasil não dependa de quem quer que seja para alimentar-se, cuidar-se, ter seus filhos, comprar sua casa – porque tudo, tudo que fizer e realizar e respeitar reverterá a seu favor.

Que o meu Brasil respeite mares e lagos, rios e matas, animais e humanos, pois tudo faz parte do mesmo ciclo de vida, porque sabe que se assim não fizer, simplesmente morrerá.
Que o meu Brasil tenha seus representantes legítimos porque eleitos pela Verdade e por e pela Verdade trabalharão.

 Que o meu Brasil apague de sua lembrança os maus governantes, os manipuladores, os corruptos e corruptores, os roubadores, os criminosos, os mentirosos e hipócritas, os que deturpam a paz e lesam os bens públicos; e que este momento não passe de aprendizado – longo, doloroso e definitivo aprendizado - em busca da honestidade, dos valores e virtudes humanas que a sustentam e à Vida.
Que o meu Brasil reconstruído pelo trabalho, pelos estudos, pela capacidade que tem de  sentir  empatia, afaste de si o egoísmo feroz e o individualismo doentio, que empobrece as suas capacidades, que o torna menor, que o submete à manipulação, e bloqueia o seu imenso potencial de realização.

 Que o meu Brasil reconstruído pelo Amor, a ele finalmente dê guarida, abrindo os seus braços para os filhos das guerras distantes, das tragédias que ferem, dos dramas ocultos, das perseguições inumanas e cruéis.
Que o meu Brasil gigante acredite em si mesmo, mas seja tão humilde quanto a sua imensa capacidade de compreender.

Que o meu Brasil querido seja o coração que ama e a terra do Amor, que, renascido um dia, partiu mas nunca nos deixou.

Brasil: ergue-te, realiza, trabalha, acredita, ama, suba aos montes mais altos, eleva-te em espírito e de lá, visualiza o imenso caminho que te cabe; ele está perto de ti, bem perto, tão visível quanto as estrelas, tão fresco quanto as ondas do mar, tão vivo quanto as árvores,  silentes, belas e partícipes da vida – sai em busca das tuas bem-aventuranças,  segue a Luz que te criou, encontra-te contigo mesmo, e com todos os que te cercam. 

Meu Brasil, jamais se submete, jamais se escraviza, a nada e a ninguém, a nenhuma circunstância. E o meu Brasil refeito e reconstruído, espiritualizado e trabalhador, finalmente estará pronto para abrigar a Paz – e de seu imenso coração emanarão os mais sublimes sentimentos que abraçarão a Terra inteira, os nossos irmãos. 
Sonia    

sábado, 21 de dezembro de 2013

FELIZ NATAL COM JESUS DE NAZARÉ!!!


ELE NÃO FOI UM FILÓSOFO, NÃO SE ENCAMINHOU ÀS CÁTEDRAS DO CONHECIMENTO LITERAL... NÃO SE PREOCUPOU COM AS ILAÇÕES DO PENSAMENTO... JAMAIS SE COLOCOU ENTRE OS GRANDES DO MUNDO, ENTRE OS DE GRANDE INTELIGÊNCIA OU SABER, ENTRE OS DETENTORES DO PODER TEMPORAL.
JESUS NASCEU E VIVEU NA SIMPLICIDADE ... ENSINOU OS VALORES DO ESPÍRITO, A HONORABILIDADE DA ALMA E A NOBREZA DO AGIR... SUA PRESENÇA FOI TÃO MARCANTE QUE O TRANSFORMARAM EM DIVINDADE.. FOI QUANDO ELE SE AFASTOU DE NÓS... HOJE, QUANDO OS HOMENS SOFREM E CHORAM EM MEIO ÀS TRAGÉDIAS DO COTIDIANO PORÉM EM MEIO TAMBÉM AS REALIZAÇÕES PERENES, ELE RESSURGE  EM PLENITUDE, EM SABEDORIA E EM AMOR ... PRESTEMOS ATENÇÃO ÀS SUAS PALAVRAS, AOS SEUS ENSINOS, À SUA LUZ...